domingo, 9 de julho de 2017

Banhoca no rio

Com o calor a apertar, os pequenos deliram com um passeio até ao rio.

Percebemos há muito que o nível das águas estava baixo, fruto da fraca pluviosidade dos meses anteriores. Mas quando chagámos pela primeira vez ao nosso local de eleição para dar umas braçadas, percebemos quão grave era a situação.

Uma zona onde existem pequenas ilhas e que, noutros anos, com a descida natural das águas durante o verão, a primeira passa a ser península lá para meados de agosto, no meado do mês de junho já o era.

As crianças não se importam nada, pois têm pé por uma maior extensão, mas confesso que fico de alguma forma apreensiva, não só pela escassez, mas principalmente pela qualidade da água em si, tanto para banhos como para consumo, bem como pelas consequências nos ecossistemas e na biodiversidade.

Este local, aprazível e em certos dias até calmo, é frequentado por muitas pessoas. Algumas, muitas felizmente, respeitadoras do espaço e do ambiente, mas outras sem qualquer remorso, deixam lixo, beatas de cigarros e até fraldas sujas. Fico mais triste quando vejo que este comportamento desrespeitoso, anti-cívico até, é praticado por jovens. Estes não têm qualquer "desculpa" para se comportarem desta forma, pois, julgo eu, são mais informados, têm mais vivências e consciência do resultado dos seus atos, contrariamente a pessoas mais velhas, iletradas, que não têm (nem tiveram quem lhes desse) o mesmo conhecimento e oportunidades que aqueles.

Por isso, muitas das vezes, nestes passeios, aqui ou a outros locais de lazer, lá investimos um bocadinho do nosso tempo a apanhar lixo e a colocá-lo no local certo.
Nessas alturas até os patitos vêm ter connosco :)

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