Quando estamos grávidas, quase todas as pessoas que encontramos nos relatam os partos difíceis que tiveram ou o de alguém que conhecem... não é verdade???
Contam-se pelos dedos as histórias boas e maravilhosas de nascimentos, mas a verdade é que as há. Felizmente.
Tive dois partos normais, naturais e... maravilhosos!
Não venho aqui dizer que não tive dores, porque estaria a mentir.
Mas o truque (acho eu) é a pessoa estar bem informada do que lhe vai acontecer, ou seja, ser a mulher a decidir os caminhos que quer seguir e porquê. É fundamental.
Quando entrei na maternidade para parir pela primeira vez era tudo novo para mim, mas já sabia o que me esperava...estava de 39 semanas e com umas contracções mal definidas.
Informei que por enquanto não queria epidural, e oxitocina só em caso do bebé estar em perigo. (No final do parto devem-nos dar essa hormona sintética para ajudar o útero a contrair e daí prevenir alguns possíveis problemas).
O enfermeiro olhou para mim um bocado embasbacado, informou-me que a oxitocina no final era importante e eu concordei.
Ainda tentei que não me colocassem a soro, mas nesse item não fui bem sucedida... devia ter argumentado melhor :)
Tentei estar de pé (a gravidade ajuda um bocadito) e coloquei-me nas posições mais estranhas (fora do olhar das enfermeiras...) e foi de pé que a bolsa rebentou naturalmente. A partir desse momento o parto começou a valer e passadas 4 horas senti um "quente-frio" que nunca irei esquecer e que também se repetiu no segundo parto. Tipo tremoço a sair da casca. Indescritível!!!
E soube-me tão bem ter um parto com pouca intervenção (poderia ter tido ainda menos) e onde senti que fui a principal protagonista.
O segundo parto foi tão rápido!! Entrei na maternidade às 11h e 48 min e abracei o meu bebe às 12h e 20 minutos.
Tive poucas contracções, mas muito fortes. De me encolher toda.
Às 40 semanas exactas, entrei com 8 centímetros e muito bem disposta.
No primeiro parto fui assistida por uma enfermeira parteira e neste por um obstetra. Notei grande diferença.
O médico foi muito profissional e sabia o que estava a fazer no momento exacto do nascimento. Mesmo com um bracinho à frente, tipo "super-bebé", as lesões no períneo foram mínimas.
Tive dois alunos de medicina a assistirem ao parto, o que não me perturbou minimamente.
E foi muito saboroso, no final, terem vindo ter comigo dar-me os parabéns e dizerem que tinha sido o primeiro parto que eles tinham assistido sem epidural.
Mas, talvez por não conhecer, e ter gostado de intervir em tudo nos meus partos, não senti falta de anestesia.
(O facto de não ter levado oxitocina também torna as coisas mais fáceis).
Dei mama logo de seguida e gostaram tanto que um só a largou aos 14 meses e o outro aos 20 ;)
Afinal os partos podem ser fantásticos.
Experimentem...........
Comentários rápidos...
ResponderEliminarAcho que estou a ficar comentadora residente do teus espaços virtuais.
Gostei especialmente do "tremoço a sair da casca" :)
Beijinhos
Linda mamã ,nem outra coisa seria de esperar.
ResponderEliminarDaqui podemos concluir que o difícil não é parir,difícil mesmo é a árdua tarefa de fazer dos filhos "grandes" homens ou mulheres.
Beijos.
Tem toda a razão, D. Glória. E como é difícil com tantos caminhos que temos para escolher...
ResponderEliminarBeijinhos